Eu perdi, sei que perdi. Coisas demais pra serem enumeradas, importantes, essenciais, especiais. Dói, como dói.
Me disseram não se apega. Me disseram não espere nada. E no fundo achei que estava fazendo isso, não criando expectativa. Mas olha, minha cabeça deu jeito de esconder elas de mim.
Rejeição repuxa meu estômago outra vez. Um sentimento horrível de vazio e decepção. Comigo mesma, por não saber lidar com tudo isso e me deixar chegar aqui. Eu não gosto disso. Você me pergunta se eu não me importo. Eu respondo que não, e sinceramente quero acreditar nesse não. Eu queria não ligar, não me importar. Mas eu ligo.
Eu tento rir. Tento participar, tento entrar nessa vida de alguma forma. Mas não tem espaço pra mim aí. Espero a minha vez, e as vezes ela não chega, vou dormir sozinha e acordo magoada.
Você nunca vai saber disso. Eu vou me ferir e me curar inúmeras vezes até você ficar sabendo disso. Mas quando esse dia chegar. Você vai me perguntar se eu me importo e responderei, com todo o coração, "não mais".
7 de janeiro de 2017
1 de janeiro de 2017
Feliz ano novo
Faltam 5 minutos pra meia noite.
Juntam todos os primos, sorridentes, olhando pra cima na rua vazia. A noite traz certo alívio do calor que domina a cidade, mas o calor de nossos ânimos é suficiente pra fazer surgirem gotinhas de suor.
A cada ano um pouco mais longe de casa. Correndo pelo asfalto e procurando por todos os lados uma faísca colorida. O céu noturno já retumbava e piscava com rojões.
Correndo, os cabelos colados na nuca e a franja voando. Os pés descalços ou chinelos batendo no asfalto, enquanto o pequeno grupo passava entre casas e árvores procurando o melhor lugar pra ver o céu.
Dando risada e gritando, sempre sorrindo e olhando em frente. Tristeza pelo ano que fica? Um pouco. Mas sempre com aquele nervoso e aquela antecipação gostosa do desconhecido futuro.
Paramos em uma avenida, ainda faltam alguns minutos. Fazemos uma breve retrospectiva. Pulamos na grama, abraçamos uns aos outros e subimos em um banco pra passarmos juntos os últimos minutos.
Meia noite. A noite explode em cores pra vários lados. Nada como as grandes capitais, mas extraordinário a nosso modo. Mais uma vez gritamos e nos abraçamos, tiramos fotos e filmamos.
Carros passam e nos desejam feliz ano novo a plenos pulmões. Respondemos com alegria.
Voltamos correndo pra casa, ansiosos por abraçar aqueles com quem desejamos passar todos os outros minutos do ano que chega.
Repetimos esse ritual todos os anos, e nos dá aquela alegria que só um hábito que lhe traz a infância de volta dá.
Não tem glamour, não tem nada chique nem extravagante. Mas eu não trocaria isso por nada no mundo.
Juntam todos os primos, sorridentes, olhando pra cima na rua vazia. A noite traz certo alívio do calor que domina a cidade, mas o calor de nossos ânimos é suficiente pra fazer surgirem gotinhas de suor.
A cada ano um pouco mais longe de casa. Correndo pelo asfalto e procurando por todos os lados uma faísca colorida. O céu noturno já retumbava e piscava com rojões.
Correndo, os cabelos colados na nuca e a franja voando. Os pés descalços ou chinelos batendo no asfalto, enquanto o pequeno grupo passava entre casas e árvores procurando o melhor lugar pra ver o céu.
Dando risada e gritando, sempre sorrindo e olhando em frente. Tristeza pelo ano que fica? Um pouco. Mas sempre com aquele nervoso e aquela antecipação gostosa do desconhecido futuro.
Paramos em uma avenida, ainda faltam alguns minutos. Fazemos uma breve retrospectiva. Pulamos na grama, abraçamos uns aos outros e subimos em um banco pra passarmos juntos os últimos minutos.
Meia noite. A noite explode em cores pra vários lados. Nada como as grandes capitais, mas extraordinário a nosso modo. Mais uma vez gritamos e nos abraçamos, tiramos fotos e filmamos.
Carros passam e nos desejam feliz ano novo a plenos pulmões. Respondemos com alegria.
Voltamos correndo pra casa, ansiosos por abraçar aqueles com quem desejamos passar todos os outros minutos do ano que chega.
Repetimos esse ritual todos os anos, e nos dá aquela alegria que só um hábito que lhe traz a infância de volta dá.
Não tem glamour, não tem nada chique nem extravagante. Mas eu não trocaria isso por nada no mundo.