25 de dezembro de 2013

A Busca pelo Cubo do Conhecimento

Estou em Araçatuba, na casa das minhas primas, vivendo a maior caça ao tesouro que já vi em minha vida.

Tem uma faculdade aqui chamada UniToledo, e neste fim de ano, o dono da faculdade decidiu fazer uma nova jogada de marketing para promover a faculdade: uma caça ao tesouro na cidade inteira e em mais três municípios: Birigui, Guararapes e Penápolis. As dicas são difíceis de interpretar, e envolvem anagramas, interpretação, matemática, conhecimentos gerais, geografia, enfim, precisa ser inteligente para decifrá-las. Hoje ele escondeu o último cubo, o cubo dourado, quem encontrá-lo ganha muitos prêmios, incluindo um carro e uma bolsa integral na faculdade.

O dia começou ontem, à meia noite. Saiu a primeira dica. Contas e mais contas e mais contas. Passamos horas tentando interpretar o mapa, as contas, os números. Até versículos da bíblia tentamos encaixar. Mais tarde descobrimos que as letras análogas aos resultados das equações formavam um anagrama da palavra "parque". Quatro horas depois, recebemos uma tabela periódia sem o cálcio. Isso já estávamos nas quatro da madrugada. A próxima dica saiu as oito horas: um fruto de baguaçu. Pensamos no rio baguaçu, no bairro baguaçu, etc. A próxima dica, ao meio dia, foi um texto sobre direções e economia. Finalmente, agora às quatro horas, saiu a foto de uma figueira, ou um ficus, sei lá. Não aguentamos ficar só sentados esperando, saímos correndo à busca do douradinho (observe a intimidade).

Primeiro fômos a uma praça, eu e minhas primas sempre conectadas no facebook do Toledo pra ver se alguém achou. Chegando na praça, e após procurar loucamente, decidimos que o cubo não estava lá, mas só para descontrarir, decidimos fazer uam brincadeira: pegamos uma laranja amarelada (cor do cubo), seguramos meio fechado assim, e berramos:
- ACHAMOS ACHAMOS ACHAMOS O CUBO CORRE PRA TOLEDO AAAAH
Saiu o bando de gente correndo feito gazelas pela praça, quase fômos atropelados na rua, e chegando no carro, no desespero ninguém conseguia abrir a porta. Demos tanta risada que meu estômago tá doendo até agora.

Enquanto andávamos pela cidade observando os lugares dos quais desconfiávamos, o Carlos Henrique (primo maraaavilhoso) ia berrando:
- VOCÊ VIU O CUBO? VOCÊ ENCONTROU O CUBO? CADÊÊ O CUUBOO! CUUBOOOOO
E buzinando como se não houvesse amanhã.

Por fim voltamos e estamos esperando a última pista, que sai às oito horas. Alguns podem dizer que é materialismo sair por aí atrás de um cubo pra ganhar o carro, que estragou o natal, que ninguém ficou com a família, que ninguém ficou em casa. Mas eu não concordo, saímos todos, juntos, unidos, conversando, discutindo, felizes, animados, com aquela alegria e ansiedade especiais de criançada que procura o brinquedo do Papai-Noel. Nos encontramos nas ruas, brincamos e corremos, conversamos com outras pessoas. Acho que foi um dos melhores, senão o melhor, natal que eu já passei.

Não quero encontrar o cubo, quero só saber onde ele está. Caso queiram acompanhar a saga, entrem na página da UniToledo no face, lá eles estão postando tudo.

Beijos gente! Bom natal!

Até mais!

Ariel Z.

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