Lembra muito aquelas noites em família, quando está perto do natal e eu estou em Araçatuba. Lá é mais quente que aqui. Eu estou sempre esperando a ceia de natal, afinal minha vó cozinha muito bem e eu como até precisar ser guinchada até o quarto. Mas nas noites que antecedem a ceia, eu passo o tempo jogando conversa fora com minhas primas e meu irmão, deitada em um colchão no quarto delas, com o ventilador ligado. Durmo num colchão perto do chão porque o chão é fresco. Ás vezes o Bob invade o quarto e tudo vira um caos, o cão baba em mim, minha primas gritam com ele, a vó aparece no quarto para ver qual é o problema, e ele acaba saindo depois de ter pisado ou babado em todo mundo. Ás vezes jogamos um jogo de tabuleiro ou um jogo de cartas.
Também me lembra o ano novo, que eu também passo em Araçatuba. Na noite da virada, minha vó (outra vez) prepara um jantar magnífico. Só nesses dois jantares eu engordo mais ou menos 3 quilos. Depois do jantar, nos sentamos na sala e assistimos as comemorações em vários lugares do mundo: Japão, Londres, Paris, NY... Quando dá 23h00, mais ou menos, começam a soltar fogos. Eu, minhas primas e meu irmão saimos correndo da casa e vamos para a rua, tentar ver os fogos. Ficamos correndo de um lado para o outro da rua, tentando achar o melhor ângulo. Ano passado, demos uma caminhada por alguns quarteirões e tivemos uma ótima visão dos fogos. Sempre fiquei decepcionada por não ser uma chuva de fogos espetacular, mas percebi que é mil vezes melhor passar essa data em Araçatuba com minha família.
Basicamente, hoje a noite está como uma noite de verão qualquer: quente, abafada, em baixo do ventilador, pijama fresco, água ao lado da cama e um lençol fino para me cobrir. Me traz uma sensação maravilhosa chamada nostalgia. Eu, pelo menos, amo essa sensação.
Ariel Z.
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